Árvores não caem...
Se houver cuidado...
Se houver planejamento...
Se houver inventário quali-quantitativo...
Árvores caem pelo desprezo ...
Pela falta de cuidado...
Pela omissão dos órgãos competentes...
Pela falta de planejamento...
Pelo desconhecimento técnico...
Pelos maus-tratos ...
Entrevista com José Hamilton Aguirre Junior, dia 25/12/14 , especialista e mestre em arborização urbana http://globotv.globo.com/eptv-
José Hamilton complementa sua fala:
"..Sobre quedas de árvores... o trabalho técnico sério existe para planejar, gerir e evitar que isso ocorra... inventários quali-quantitativos são importantes ferramentas de gestão pública da arborização. Quedas de árvores são o fim da linha do descaso do poder público.
Aumentaram-se gigantescamente os recursos para remoção e poda de árvores, mas isso continua refletindo na destruição da arborização, na péssima qualidade do serviço e na ausência de respostas corretas à população que chega a esperar 6 anos - faltam técnicos qualificados e o serviço é feito sob medição. Precisamos cada vez mais das árvores e do uso efetivo do conhecimento.
Nossa sociedade tenta transformar as árvores em vilãs, quando são tão vítimas do descaso quanto os cidadãos. Queda de árvore é o fim da linha da inoperância do poder público!!! Avaliações técnicas corretas, inventários e censos temporais evitam que isso ocorra..."
Matéria do G1 http://g1.globo.com/sp/ campinas-regiao/noticia/2014/ 12/campinas-tem-espera-de-ate- 6-anos-para-poda-ou-extracao- de-arvores.html , demonstra a fragilidade das avaliações e da falta de um inventário.
Frase citada no final da reportagem ..."segundo a prefeitura as equipes que fazem a avaliação das árvores são treinadas para avaliar as condições e em caso de dúvida um engenheiro agronomo é acionado para ajudar na decisão"...
E o problema não é de hoje, veja link com video de 2011 http://blog. individuoacao.org.br/2011/11/ arvores-em-campinas-correm- risco-de.html
O bairro Cambuí é o único em Campinas que possui censo de arborização viária http://www.readoz.com/ publication/read?i=1043428# page10 , e pelo estudo foi constatada a carencia de 6199 árvores apenas no bairro Cambui (ano 2007/2008)
Em 2012 houve o estudo "Quantificação da arborização urbana viária de Campinas" pela Embrapa atraves dos pesquisadores Ivan A.Alvarez e Bruna C Gallo http://ainfo.cnptia.embrapa. br/digital/bitstream/item/ 82260/1/029-12.pdf.
Foi efetuado um têrmo de cooperação técnica entre A Embrapa e a prefeitura de Campinas (http://www.campinas.sp.gov. br/uploads/pdf/cooperacao% 2003_2013.pdf ), para implementação do projeto "Arvores de Campinas : banco de dados cadastrais" cuja duração seria de 12 meses , de junho de 2013 a maio de 2014. Pesquisa no site da prefeitura sobre o andamento do processo, mostra que em 19/12/14 ele se encontrava no gabinete do secretario -SVDS.Importante notar que apesar arborização viária ser responsabilidade da secretaria de serviços públicos(DPJ), esse convenio não passou pelo setor
Campinas necessita do cadastramento e inventário quali-quantitativo de todas as árvores da cidade.
Esse inventário vai descrever o estado de saúde de cada árvore.
Com isso evitaremos chegar na situação de calamidade atual , onde se tem várias quedas de árvores.
O Movimento Resgate o Cambuí, juntamente com a sociedade civil, solicitou orçamento à USP-ESALQ atraves do Prof. Demóstenes Ferreira da Silva filho.
O orçamento segue no link http://pt.slideshare.net/ ResgateCambui/cadastramento-e- inventario-usp e toma como base o número de individuos do estudo da Embrapa, ou seja, 127.367.
O valor do estudo é de R$ 1.528.404,00, com o valor unitário de R$ 12,00 (doze reais) por árvore.
Na licitação para contratação de empresa(s) para a prestação de serviços de manutenção contínua de áreas verdes, consta no documento apendice 2 ( http://pt.slideshare.net/ ResgateCambui/13-novo- apendiceialote2doanexoi2014040 8163144 ), o valor de R$ 22.106.179,93 como total para manutenção da arborização, plantio de árvores e equipe técnica.
Consta tambem o valor mensal sendo R$ 1.842.181,66.
Questionamos o fato de não ter sido exigido um inventário , pois ele seria menor que o valor gasto em um mês .
Questionamos o gasto com manutenção de árvores sem ter estudo do real estado que se encontram
Questionamos o plantio sem prévio inventário.
Esses e outros questionamentos serão respondidos no Ministério Público através do inquérito civil que apura possiveis irregularidades no serviço com a arborização em Campinas( informações no link http://blog.individuoacao.org. br/2014/05/o-ministerio- publico-instalou-inquerito. html )
Atenção ao fato de que apesar da verba dos contratos para manutenção das areas verdes e arborização ser de mais de 73 milhões ,não há plantão nos finais de semana e feriados, ficando a população sem ter a quem recorrer .
( contratos: http://www. campinas.sp.gov.br/uploads/ pdf/contrato%20243_2013.pdf e http://www.campinas.sp.gov.br/ uploads/pdf/contrato%20244_ 2013.pdf ).
Importante frisar que na licitação todo trabalho deve ter a orientação/ fiscalização e ordens de serviço do DPJ (Departamento de Parques e Jardins de Campinas) que até pouco tempo atras possuia poucos técnicos graduados para o serviço.
Importante tambem ver uma extração de árvore feita pela MB (vencedora da licitação) , onde o serviço não é executado com técnica e supervisão , colocando pedestres , automóveis e os proprios funcionários em risco https://www.youtube.com/watch? v=HY5DMAo5E-U
Segue mais informação:
-Anexo 4a-trechos da licitação áreas verdes-Consta:
Poda e extração de árvores urbanas-265 unidades/mes
Plantio- 1400 unidades /mes
Sendo 5 equipes de 15 profissionais (75) para pode e extração e 2 equipes de 12 profissionais (24) para plantio.
Novamente questionamos como extrair e plantar árvores sem ter sido feito um inventário.
Trecho extraido do documento "Projeto Basico" mostra a preocupação de identificação de cada ponto do sistema de iluminação existente.
Perguntamos porque não se tem essa mesma preocupação na identificação , tão necessária, das árvores?
Mesmo com todos os problemas citados, a população avança com seus projetos:
e consegue alguns resultados:
Movimento Resgate o Cambuí
Tereza e grupo
Árvore da Rua Santos Dumont entre a Maria Monteiro e a Cel Quirino
ResponderExcluirCampinas registra recorde na queda de árvores em 2014
Balanço da Defesa Civil mostra que 495 árvores caíram no município, 187% a mais do que em 2013 5/1/15
...De acordo com o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, todas as que caíram foram vistoriadas e nenhuma apresentava problemas. "Não estavam podres, caíram por causas naturais, devido à força dos ventos", afirmou...
http://correio.rac.com.br/_conteudo/2015/01/capa/campinas_e_rmc/233328-campinas-registra-recorde-na-queda-de-arvores-em-2014.html
http://blogs.band.com.br/blogdarose/2014/12/18/prefeitura-vai-gastar-r-138-mi-a-mais-com-lixo-e-galharia/
ResponderExcluirPrefeitura vai gastar R$ 13,8 mi a mais com lixo e galharia
A Prefeitura de Campinas vai gastar R$ 13,8 milhões a mais no ano que vem com o contrato do lixo e com a manutenção de praças e áreas verdes da cidade. Hoje são gastos R$ 100 milhões ao ano com os dois contratos e em 2015 serão consumidos R$ 113.800.512,02.
Segundo o diretor do DLU (Departamento de Limpeza Urbana), Paulo Camargo, o custo maior refere-se a um acréscimo de serviços com maquinários utilizados no aterro Delta A, aumento de recolhimento de entulhos no combate à dengue e manutenção de praças. Um dos custos previstos está o da equipe que vai trabalhar no Parque Ecológico.
O contrato do lixo com o consórcio Renova Ambiental foi aditado em 5,92% de acréscimo de novos serviços e em 6,52% de reposição de inflação, sendo que, este percentual sobre os valores, é retroativo a julho. Neste caso, o gasto passou de R$ 80 milhões para R$ 91 milhões. A prorrogação tem validade por um ano.
“Apesar de o aterro Delta A estar desativado, já que os resíduos estão sendo levados para Paulínia, é necessária a manutenção do local e também aumentou muito o custo da hora das máquinas que colocam o lixo nos caminhões”, disse Camargo.
O outro contrato prorrogado pelo mesmo período foi o de manutenção de áreas verdes com a MB Engenharia e Meio ambiente Ltda. O custo que era de cerca de R$ 20 milhões passou para R$ 22,7 milhões. A prefeitura assumiu mais de 600 mil m2 de novas áreas verdes na cidade e também passará a contar com 11 ao invés de 10 equipes para a manutenção da cidade.
Quedas de árvores: o bem-estar sob risco nas cidades
ResponderExcluirhttp://www.ambientelegal.com.br/quedas-de-arvores-o-bem-estar-sob-risco-nas-cidades/